In part two of this article, Jasini Hobbs looks more critically at the character football, along with other sports, have taken on in Brazil. As a country with a long history of immigration, Brazil has always balanced and mixed a variety of different cultures, and this section looks at how this translates to football in Brazil. Check out Part 1 here.
O futebol, elemento trazido de uma cultura estrangeira, chega a ser algo tipicamente relacionado ao Brasil como demonstra o ditado: “os ingleses o inventaram, mas os brasileiros o aperfeiçoaram”. O país incorporou o futebol tornando-o seu, e hoje o esporte é tido como símbolo nacional de brasilidade.
A característica de incorporar aspetos de uma cultura do exterior- seja dos europeus, dos escravos africanos ou dos distintos grupos de imigrantes que tem pisado o solo brasileiro – e de introduzi-la à sociedade brasileira para logo ser modificada, alterada e transformada resultando em algo distinto, novo e particularmente brasileiro é o que podemos chamar de antropofagia. Oswald de Andrade em seu Manifesto Antropófago diz que ela é o único denominador comum que une o povo brasileiro em todos os aspetos da vida.
O caso se repete com outros esportes –além do futebol– que são populares no país e que tem algumas particularidades brasileiras. O judô, por exemplo, é simbólico dos imigrantes japoneses que foram ao Brasil no século 20, mas deste esporte nasceu uma outra ramificação, representante da mistura das culturas do país de origem e do país de acolhimento: o jiu-jitsu brasileiro. Esta arte marcial, que também é considerada como esporte, tem como cabeça a IBJJF (International Brazilian Jiu-Jitsu Federation) sediada no Rio de Janeiro que é a entidade responsável de realizar o Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu, o maior do seu tipo. Outro exemplo do hibrido da cultura do Brasil é a capoeira, primariamente uma expressão artística do patrimônio afro-brasileiro, agora é um esporte praticado em varias partes do mundo. A capoeira é uma combinação totalmente única de arte marcial e dança, cujos elementos básicos tem raízes no oeste da África que logo foram reinterpretados pela comunidade de escravos no Brasil. Mesmo mais de 100 anos depois da abolição da escravidão em 1888, o esporte continua forte no Brasil e crescendo em popularidade no exterior igualmente, o que serve como prova das contribuições excepcionais que o país presta no mundo esportivo.
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